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Insônia


Os segundos, os minutos, as horas passam, e se torna progressivamente mais improvável uma boa noite de sono. Você começa a pensar… Faltam 7 horas e 30 minutos para a hora de acordar, 7 horas, 6 horas, 5 horas… O travesseiro se torna cada vez mais incômodo, os pensamentos a respeito do dia seguinte fatalmente incluem bocejos e mal-estar, o despertador ao lado se torna um incômodo, os carneirinhos, contados e recontados em pensamento, parecem já ter se cansado e dormem profundamente, sem mais balidos, e é como se cada segundo fosse uma cobrança: “Por que você ainda não dormiu?"…

A maior parte das pessoas com certeza já passou por uma experiência parecida, seja por algum problema, um compromisso importante, um desconforto clínico (dor, dificuldade para respirar, um resfriado mais intenso), mas uma parcela menor, e assim mesmo importante da população, pode apresentar um quadro persistente que passa a caracterizar a “insônia".

Insônia é uma dificuldade mantida para o sono, pela qual as pessoas têm problemas para iniciá-lo ou permanecer dormindo, ou não se sentem descansadas ao acordar. A definição de insônia não é derivada apenas da quantidade de horas dormidas, porque cada pessoa precisa de um tempo diferente de sono.

Os sintomas principais de pessoas com insônia são: problemas para iniciar ou permanecer no sono, sensação de cansaço e sonolência durante o dia, esquecer coisas e ter dificuldades para manter uma linha de raciocínio, ter menos energia ou interesse em fazer as coisas, cometer erros e acidentes com maior facilidade e estar preocupado a respeito de sua falta de sono. Na maioria dos casos não são necessários exames ou outros procedimentos para determinar a causa da insônia, mas em alguns casos pode ser por exemplo utilizada a polissonografia, um exame que monitora atividade cerebral, respiração, pulsação e

Outras características durante uma noite de sono para um melhor entendimento do que ocorre com a pessoa.

A insônia de curta duração está geralmente associada com dificuldades, como mudanças no ambiente de sono, perda de um ente querido, divórcio, perda de emprego, doenças recentes, cirugia, dor, uso ou retirada de estimulantes, medicações, drogas ilegais ou álcool, Jet Lag e trabalho em período noturno.

A insônia de longa duração, que dura mais de três meses e ocorre em pelo menos três noites na semana, ocorre em virtude de problemas de saúde mental (como depressão, quadros ansiosos e estresse pós-traumático), medicações, uso de drogas, doenças clínicas que causam dor, estresse ou dificuldade para respirar, doenças neurológicas (como de Parkinson e Alzheimer) e outras doenças do sono como apneia do sono e síndrome das pernas inquietas.

Algumas orientações, chamadas em seu conjunto de “Higiene do sono” (Breve, um novo texto a esse respeito) podem ajudar bastante em vários casos. São elas:

Deixe o seu quarto escuro, em temperatura confortável, quieto e livre de lembretes do trabalho e outras coisas que lhe deixem ansioso / tenso.

Evite atividades muito estimulantes, como ver filmes de ação ou games de computador pouco antes de dormir.

Evite o uso de TV e computador na cama, especialmente logo antes de dormir.

Procure manter sempre os mesmos horários para dormir e acordar.

Evite o uso de café, chá, e outras bebidas que tenham cafeína durante a noite.

Evite refeições pesadas pouco antes de dormir.

Evite fumar, especialmente a noite.

Faça exercícios físicos várias vezes por semana, preferencialmente não logo antes de dormir.

Evite o uso de álcool a partir do final da tarde.

Existem medicações que podem ajudar a pessoa a dormir melhor, mas não devem ser tomadas, em nenhuma

hipótese, sem a orientação médica adequada ou por tempo prolongado. É muito comum que a insônia seja a conseqüência de um problema psiquiátrico como a depressão ou um transtorno ansioso, e essas condições necessitam de tratamentos específicos. Usar uma medicação para dormir apenas, nesses casos, é insuficiente e pode piorar o quadro ao invés de ajudar a melhorá-lo.

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